Parábola do bom samaritano, verdadeiro “próximo”
Mas um samaritano que estava viajando, chegou perto dele, viu e sentiu compaixão. Aproximou-se dele e fez curativos, derramando óleo e vinho nas feridas. Depois colocou o homem em seu próprio animal e levou-o a uma pensão, onde cuidou dele. No dia seguinte, pegou duas moedas de prata e entregou-as ao dono da pensão, recomendando: “Toma conta dele! Quando eu voltar, vou pagar o que tiveres gasto a mais". E Jesus perguntou: "Na tua opinião, qual dos três foi o próximo do homem que caiu nas mãos dos assaltantes?" Ele respondeu: "Aquele que usou de misericórdia para com ele". Então Jesus lhe disse: “Vai e faze a mesma coisa". Palavra da Salvação! (Lc 10, 30-37)
No amor de Cristo encontramos a Deus
Cristo se comporta com a humanidade como o samaritano da narrativa evangélica para com o desconhecido; como o bom pastor vem salvar a ovelha despojada, espancada e quase morta (Jo 10,10), como o filho do dono da vinha se apresenta depois dos profetas enviados em vão (Jo 10; Lc 20,9-18), assim o samaritano chega depois dos sacerdotes e levitas que não quiseram e não puderam salvar o homem ferido.
Vê-se aí um reflexo da história da salvação, na qual Jesus vem sob o aspecto de samaritano desprezado, revela aquilo de que os outros "técnicos" da salvação se esqueceram, constrói precisamente onde essas técnicas faliram. Em Cristo, Deus se aproximou do homem com uma fisionomia simples e humana. Só encontramos verdadeiramente a Deus fazendo o mesmo que Cristo fez. O segredo está no grande mandamento da caridade que, com Cristo, traz exigências novas. Não basta mais amar o próximo como a si mesmo; é preciso perguntar-se como ser próximo para o outro e amá-lo como Deus o ama. Depois da Ceia, Cristo dará
um mandamento novo: amar aos outros como fomos amados (Jo 13,34).
É necessário tomar consciência da pertença a esta humanidade ferida, abandonada semimorta a beira da estrada, que Cristo veio salvar.
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