domingo, 30 de março de 2008

Por que procurais o Vivente entre os mortos?

Devemos procurar o Cristo vivo, como as mulheres que, na manha da Páscoa, foram ao seu túmulo. Também a nós os anjos dizem: "Por que procurais o Vivente entre os mortos?" (Lc 24,5). Não, não procurem a Vida entre os mortos, entre os que não possuem amor e estão enterrados no túmulo do próprio egoísmo. O ser humano só pode viver pelo amor. E toda injustiça na Terra, toda miséria, todo medo e todo terror, toda perseguição e opressão, toda guerra e todo crime só existem por falta de amor. Pois, qualquer plano insidioso que os tiranos e ditadores dos nossos tempos possam forjar tem sempre sua causa nos mortos.

Por que procurais o Vivente entre os mortos? Entre aqueles que só vivem para si mesmos, para o seu dinheiro, os seus bens e o seu prazer?

Deixem Cristo ressuscitado governar em vocês, para que sua força transformadora os torne homens novos. Não procurem a vida entre os mortos, entre os egoístas. Sigam as palavras de Jesus: "Um mandamento novo eu vos dou: amai-vos uns aos outros" (Jo 13,34).

Assim se tornarão homens novos, como Pedro, João, as mulheres, os discípulos de Emaús. Eles não tinham mais medo, eles deram seu testemunho, eles possuíam o amor.

Somente quando vocês tiverem o amor, Cristo poderá vir ao seu encontro e dizer: "A paz esteja convosco!" Onde não há amor, a paz também é impossível. Não há outra saída a não ser o amor.

A Lei dum Amor Misericordioso

«O cristão não tem outra Lei senão Cristo. Sua “Lei” é a vida nova que lhe foi conferida em Cristo. A nossa Lei não está escrita em livros, e sim nas profundezas do nosso coração; não pela mão de seres humanos, mas pelo dedo de Deus. O nosso dever agora não é apenas obedecer, e sim viver. Não temos de nos salvar, somos salvos por Cristo. Devemos viver para Deus em Cristo, não só como quem procura a salvação, mas como quem está salvo.

Mas agora, com a ressurreição de Cristo, o poder da Páscoa irrompeu sobre nós. Agora, encontramos em nós uma força que não é nossa e que nos é dada livremente sempre que dela necessitamos, elevando-nos acima da Lei, dando-nos uma nova Lei que se acha escondida em Cristo: a lei do Seu amor misericordioso por nós.» - Thomas Merton

sábado, 29 de março de 2008

Este domingo é a Festa da Divina Misericórdia


"Desejo a confiança. Espero de ti obras de misericórdia, que devem nascer do teu amor por Mim. Importa que ao próximo manifestes misericórdia sempre e em qualquer lugar. Não te podes furtar a isto, tentando arranjar desculpas ou justificares-te.
E indico-te três maneiras de exerceres a misericórdia para com o próximo: a primeira pela acção; a segunda pela palavra; e a terceira pela oração. Nestes três graus assenta a plenitude da Misericórdia, pois constituem uma prova irrefutável do amor por Mim. Mesmo a fé mais forte nada vale sem as obras".

In Diário de Santa Faustina - Palavras de Jesus a Santa Faustina

quinta-feira, 20 de março de 2008

Jesus Misericordioso


Jesus pede-nos para mostrarmos como Ele é Amor e Misericórdia e como está sempre pronto para perdoar. Como Ele disse na Bíblia: "Eu não vim chamar os justos e, sim, os pecadores ao arrependimento" (Mt 9, 13). Por outras palavras, não condena ninguém e quando diz "Isto está errado!" diz logo de seguida "Mas, podes fazer X. Ainda vais a tempo de mudar. Eu ajudo-te. Não te esqueças que Te amo". No fundo quer que digamos "Jesus, eu confio em Ti".

À Sexta-Feira Santa começa a Novena da Divina Misericórdia. É uma novena muito bonita, com uma mensagem muito bonita e muito importante. A seguir a esta novena, no domingo a seguir à Páscoa, temos a Festa da Divina Misericórdia, da qual falava muito João Paulo II.

A novena é feita especialmente nesta altura, mas, claro, pode ser feita em qualquer altura do ano. Já agora vejam a Via Sacra. É linda! :)

Aqui podes ficar a conhecer a novena e a via sacra (na página a seguir).

http://jesus-misericordioso.com/zgrom_ptbra.htm

Neste link podes conhecer um pouco mais sobre a Divina Misericórdia.
http://www.misericordia.org.br/modules.php?name=Content&pa=showpage&pid=9

Uma Santa Páscoa.

sábado, 15 de março de 2008

Despojamento



Deus quer-nos na dependência generosa do amor, no despojamento radical de nós mesmos, num nada que se tornará tudo. (...)

Quanto mais o coração está desocupado de si, tanto mais é ocupado por Deus (...)

Estar livre de si fará sempre parte da nossa aspiração a amar mais. (...) Conformação da nossa vontade à Vontade de Deus. Caminho de despojamento de nós mesmos, desde o início, como Cristo, ao vir a este mundo: «Pai, eis-Me aqui para fazer a tua vontade.» (Hb 10,7) (...)

Caminho de despojamento, de abandono de nós mesmos por uma entrega consciente, livre e voluntária nas maõs de Deus. Despojamento de tudo o que não é digno de Deus em nós, na nossa vida. (...)

Tudo deve ser purificado para tornar-se transparência de Deus. Porque o despojamento só tem sentido se for para nos revestirmos de Cristo (cf. Cl 3,10) e mergulharmos no seu amor

Pe. Constant Tonnelier, em "Quinze dias com São João da Cruz"

domingo, 2 de março de 2008

Vencer-se a si mesmo


O que é "vencer-se a si mesmo"? François Varillon disse: "Trata-se de nos tornarmos homens livres". O que Deus quer é a nossa liberdade. A liberdade é o esquecimento de nós mesmos, ou seja, uma outra forma de designar o amor. Mas adquiri-la não é espontâneo, nem automático. É preciso vencer-se. Antes de dizer: «Esqueci-me de mim» tenho que dizer a mim próprio: «Preciso sair de mim mesmo». Em termos um pouco técnicos: o êxodo precede necessariamente o êxtase, isto é, não posso continuar centrado em mim mesmo, tenho que viver fora de mim, voltado para o outro.(...)

Não poderei entrar em Deus enquanto o mais pequenino átomo de auto-contemplação, de olhar voltado para mim mesmo, não for queimado."

François Varillon S. J. , em "Viver o Evangelho"

Vencer-se a si mesmo

O que é "vencer-se a si mesmo" ? François Varillon disse: "Trata-se de nos tornarmos homens livres. O que Deus quer é a nossa liberdade. A liberdade é o esquecimento de nós mesmos, ou seja, uma outra forma de designar o amor. Mas adquiri-la não é espontâneo, nem automático. É preciso vencer-se. Antes de dizer: «Esqueci-me de mim» tenho que dizer a mim próprio: «Preciso de sair de mim mesmo». Em termos um pouco técnicos: o êxodo precede necessariamente o êxtase, isto é, não posso continuar centrado em mim mesmo, tenho que viver fora de mim, voltado para o outro.(...)

Não poderei entrar em Deus enquanto o mais pequenino átomo de auto-contemplação, de olhar voltado para mim mesmo, não for queimado."

François Varillon S. J. , em "Viver o Evangelho"