quarta-feira, 26 de setembro de 2007

Por Amor ... Uma Carta!

Sim, eu sei que já falei muito do Darfur! Mas, se o faço é porque estamos perante uma tragédia humana que precisa de ter um fim.


Por iniciativa do - Jovens e Missão - e do - Eu estou aki - , convidamo-vos a escrever uma carta pelo Darfur. Esta carta será entregue à Presidência da União Europeia, tal como a petição que está e curso. O lema é "Por Amor... Uma Carta!".


Podem enviar por correio ou por mail. Aqui ficam os contactos.


CVJ – Missionários Combonianos Areeiro3030-168 Coimbra


Mais informações em - http://www.pordarfur.org/

Este povo merece! E precisa muito da nossa ajuda! Vamos escrever?

sexta-feira, 14 de setembro de 2007

Festa da Exaltação da Santa Cruz

14 de setembro, A Igreja celebra a festa da exaltação da Santa Cruz

João, capítulo 3 versículos de 13 a 17.

“Assim como Moisés - diz Jesus - levantou a serpente no deserto, é preciso que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que o contemplar, seja salvo”.

Todos os judeus imaginaram um Messias exaltado, sonharam com um messias que levaria o seu povo aos píncaros da exaltação!

O messias foi realmente exaltado! Ele foi elevado, como Moisés outrora levantou a serpente no deserto, mas, de maneira irônica que só Deus podia inventar.

Foi levantado ao ser pregado numa cruz. Bem alto, à vista de todos, para que todos o pudessem contemplar.

Nos primeiros anos do cristianismo, não era de bom tom falar em cruz ou em crucifixão e os primeiros cristãos não usaram como símbolo o crucifixo. Usaram o peixe ou então a imagem do bom pastor.

Apenas mais tarde em 335 da nossa era, quando Constantino e sua mãe Helena construíram a grande basílica da Anástasis, isto é da ressurreição em Jerusalém, no local do calvário e do Santo Sepulcro, a cruz de instrumento infame, se transformou em instrumento de Glória.

Começou então a aparecer nas coroas e cedros dos reis e imperadores.

Jesus pregado na cruz, é a resposta de Deus a todos os nossos anseios, Jesus pregado na cruz quer ser o sinal sacramento de que Deus nos ama.

É preciso que toquemos com as mãos e de maneira bem concreta a profundidade do amor de Deus para com cada um de nós. Este toque, cada um de nós pode realizar colocando suas mãos hoje no crucificado.

Lá está Jesus permanentemente olhando para nós. De braços abertos, não rejeita ninguém, nem mesmo pessoas inoportunas. Não rejeita nenhum pecador.

A todos quer mostrar o quanto Deus nos ama. A todos quer trazer a salvação de Deus. É isto que nós hoje celebramos na liturgia da festa da exaltação da cruz. Festa do amor incomensurável de Jesus, festa da profundidade de seu mistério para conosco e festa de nossa salvação.
Padre Fernando J. C. Cardoso

quinta-feira, 13 de setembro de 2007

AIS - Meditação



"Eu te louvo, Pai, Senhor do céu e da terra, por teres ocultado isso aos sábios e aos inteligentes e por tê-lo revelado aos pequenos" (Mt 11,25).

Os "pequenos" são os mesmos "pobres de espírito" que o Senhor chamou de bem-aventurados. Sua pobreza não é considerada do ponto de vista econômico, mas no sentido de que são "pobres" do espírito deste mundo. Eles se recolheram junto de Deus. Estão livres do mundano e abertos ao Reino de Deus. Para eles se abrem os portões da riqueza da alma. Apesar de sua pequenez, são grandes por dentro. Do mirante de Deus, eles contemplam os acontecimentos da Terra, pois Deus lhes revelou o que escondeu dos soberbos. Eles realmente sabem do que se trata. São as sentinelas silenciosas, com uma visão que abraça o mundo inteiro. Por meio de claras decisões espirituais, não deixam apagar suas luzinhas, ainda que em meio à escuridão progressiva dos nossos tempos. Constituem um rebanho pequeno, facilmente despercebido. Seu empenho silencioso na oração e na penitência é quase nada comparado à atividade ruidosa na Igreja e no mundo. Mas Deus não está no barulho e sim, no silêncio.

Peçamos que Deus dê à sua Igreja mais pequenos e pobres de espírito, mais pessoas de oração e penitência, mais humildade, mais silêncio.

Padre Werenfried van Straaten
Fundador da Ajuda à Igreja que Sofre

quarta-feira, 12 de setembro de 2007

Concentração pela Paz no Darfur

Voltando a falar-vos do Darfur... Este domingo celebra-se o Dia Internacional do Darfur.Como forma de se chamar a atenção para o drama humanitário que se vive na região, vai haver concentrações na rua em vários países.

Aqui em Portugal, vai haver uma concentração a pedir a Paz pelo Darfur, no domingo, às 18h, no Largo Camões, Baixa-Chiado, Lisboa.

Tragam uma fita ou tira de pano preto. Têm mais informações em http://www.pordarfur.org/htmls/EElluAyykFYoVPNzcE.shtml . O simbolismo desta “venda” preta é o silêncio da comunidade internacional perante uma situação que já é considerada genocídio pela ONU.

Se puderem apareçam!

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Gestos de amor pelo Darfur


A campanha pelo e com o Darfur tem dado bons frutos, graças a Deus. São várias as pessoas que se têm empenhado para tirarem do silêncio o sofrimento deste povo.

Este fim-de-semana vai haver duas iniciativas:
- Vigília organizada pelo grupo de jovens da paróquia de Porto Salvo
Na Igreja da Cartuxa (Caxias - Lisboa), no dia 8 de Setembro de 2007, às 21h.

- Campanha da iniciativa da Elsa do blog Eu Estou Aki ( http://eu-estou-aki.blogspot.com/)
No Retaxo, Castelo Branco, nas Festas em honra de Nossa Senhora da Guia.

Muito obrigado a todos os que estão por esta causa. Se alguém quiser realizar alguma actividade de sensibilização, mande-me um mail para mariajoaogracia@hotmail.com.

No final deste post, deixo-vos com um comentário do Padre Feliz da Costa, o missionário comboniano que se encontra no Darfur com os refugiados. Dá que pensar...
"Sei, de teologia certa, que ninguém pode culpar Deus por esta situação... A culpa desta guerra e dos males que se lhe seguem, não haja dúvida, é só nossa, dos interesses políticos e mesquinhos dos homens. E sei também, de teologia ainda mais certa, que «Deus é amor» e não pode senão amar estes seus filhos e filhas".
Padre Feliz da Costa, missionário comboniano em Nyala, no Darfur

segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Palavra de Vida


“Procura antes a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a constância, a mansidão.” (1 Tm 6,11)


O que fazer para viver todas essas virtudes no nosso dia-a-dia?

Talvez possa parecer difícil colocá-las em prática, uma por uma. Então, por que não viver o momento presente com o radicalismo do amor? Se alguém vive o presente na vontade de Deus, Deus vive nele; e se Deus está nele, nele está a caridade.
De acordo com as circunstâncias, quem vive o presente é paciente, ou perseverante, manso, pobre de tudo, puro, misericordioso, porque possui o amor na sua expressão mais alta e genuína; ama realmente a Deus com todo o coração, toda a alma, todas as forças; é iluminado interiormente, é guiado pelo Espírito Santo e, portanto, não julga, não pensa mal dos outros, ama o próximo como a si mesmo, tem a força da loucura evangélica de “oferecer a outra face”, de “caminhar por dois quilômetros…”1.


“Procura antes a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a constância, a mansidão.”

Essa exortação é dirigida a Timóteo, fiel colaborador de Paulo, seu companheiro de viagem e amigo, tão confidente que chega a ser como um filho. “Tu, porém, ó homem de Deus” – escreve-lhe o apóstolo depois de ter denunciado a malícia do orgulho, das invejas, das brigas, do amor ao dinheiro – “foge destas coisas”; e o convida a procurar uma vida na qual resplandeçam as virtudes humanas e cristãs.
Nessas palavras ressoa o empenho, assumido no momento do batismo, de renunciar ao mal (“foge...”) e de aderir ao bem (“procura...”). É do Espírito Santo que vem a transformação radical, bem como a capacidade e a força para atuar a exortação de Paulo:


“Procura antes a justiça, a piedade, a fé, a caridade, a constância, a mansidão.”

A experiência vivida com o primeiro grupo de jovens que, em 1944, originou o Movimento dos Focolares em Trento (Itália), dá uma idéia de como se pode viver a Palavra de Vida; sobretudo a caridade, a paciência, a mansidão.
Principalmente nos primeiros tempos do Movimento não era fácil viver as exigências radicais do amor. Até mesmo entre nós, nos nossos relacionamentos, podia se acumular uma certa poeira, e a unidade podia se enfraquecer. Isso acontecia, por exemplo, quando notávamos os defeitos, as imperfeições dos outros e começávamos a julgar, fazendo com que a corrente de amor mútuo esfriasse.
Para reagir a essa situação, um dia tivemos a idéia de fazer um “pacto” entre nós, e o chamamos de “pacto de misericórdia”.
Todas as manhãs decidimos ver o próximo que iríamos encontrar – no Focolare, na escola, no trabalho etc. – novo, novíssimo, não nos lembrando absolutamente mais dos seus defeitos, mas cobrindo tudo com o amor. Era encontrar cada pessoa com essa anistia completa no nosso coração, com esse perdão universal.
Era um compromisso sério, tomado por todas nós juntas, que nos ajudava a ser, da melhor maneira possível, sempre as primeiras no amor, à semelhança de Deus misericordioso, que perdoa e esquece.

Chiara Lubich

1) Cf. Mt 5,41.