domingo, 27 de dezembro de 2009

Sagrada Família


“Em seguida, desceu com eles a Nazaré e lhes era submisso.” 
(Lc. 2, 51)

O plano salvífico de Deus incluiu a família. Deus se encarnou e nasceu no seio de uma família. A família fundada no casamento entre um homem e uma mulher e os filhos foi instituída por Deus. É imagem daquela Família Eterna, a Santíssima Trindade. É célula da sociedade. E é justamente a família que vem sendo atacada em nosso mundo moderno. Por ser imagem do Deus Uno e Trino, os inimigos de tudo que o é divino, a atacam e a minam por todos os lados.

Tomemos o Brasil como exemplo. O governo antinatural e anticristão de Lula aprovou o divórcio instantâneo e ás vésperas do Natal (coincidência?) articulou um plano (de “direitos humanos”) a ser implantado que inclui a aprovação do aborto e do casamento entre homossexuais. A desestruturação das famílias traz conseqüências trágicas para a sociedade e para a Igreja. Rezemos pela santificação e restauração das famílias.

(Lucas 2, 41-52)

sexta-feira, 25 de dezembro de 2009

O Nascimento de Jesus

"O Pai havia tirado todos os esplendores da paternidade divina para que se recolhesse inteiramente na ternura da maternidade humana".

A íngreme estrada era percorrida por outros peregrinos que acorriam a Belém para o recenseamento. Alguns resmungavam, pensando nos negócios interrompidos; outros com impropérios, consideravam aquele censo um ultraje aos livres filhos do Altíssimo por parte dos escravos dos ídolos. Havia também quem, resignado, via em tudo aquilo um castigo de Deus às culpas de Israel. Os que tinham mais bom senso entreviam um desígnio divino naquela imprevista reunificação da descendência de Davi no seu centro de origem e, davam razão a José, que os havia convidado a reconhecer na pobre resolução administrativa o máximo mistério da Providência.

À noite, quando finalmente chegaram à praça do povoado, a encontraram toda iluminada pelos lampiões, principalmente ao redor da entrada da estalagem. José também abriu caminho entre a multidão de peregrinos que gritavam. Junto ao portão, do qual entravam e saiam animais e homens, pediu um lugar para dormir: havia uma mulher, prestes a dar à luz, que precisava de um leito, num lugar apartado. O vigia barbudo o enquadrou da cabeça aos pés e, observando,o seu manto empoeirado, sacudiu a cabeça e respondeu: "Não há lugar para vocês".

Era possível encontrar um lugar num ambiente tão amplo, mas não para um "Zé ninguém", não para uma galiléia prestes a dar à luz. José bateu à porta também de algumas casas, mas em toda parte havia peregrinos chamados ao recenseamento. Para ele, descendente de Davi, e Maria, mãe do Messias, não havia um lugar para dormir na cidade de Davi, na pátria do ungido. Quando até os animais tiveram uma toca, Jesus não encontrará uma pedra onde reclinar a cabeça. Naquele momento, ainda antes de nascer, iniciava a sua renúncia.

José não desanimou. Ao subir pela estrada, havia observado que existiam grutas nas encostas e, por experiência, sabia como se arranjar. Mesmo sofrendo por não poder oferecer algo melhor àquela mulher a quem os arcanjos prestavam homenagem, voltou a descer com ela parte do caminho, distanciando-se um pouco do povoado. Entraram numa gruta onde ouviram um pacífico ruminar de animais. Ele acendeu a tocha que levava consigo e acomodou, com feno, um leito para Maria que já se arrastava...

Assim reclinou-se, em meio aos animais sonolentos, aquela que as gerações iriam chamar de "bem-aventurada", e a quem a Igreja, atônita, daria os títulos de "salvação do mundo", "porta do céu", "dispensadora de riquezas, "hora da criação", "morada da Trindade". Na poesia ela sera invocada também como a "lâmpada dos séculos"; e eis que a mecha do seu lampião se ensopava, soluçando, querendo se apagar, e aquela minúscula luminosidade tornava mais densa a escuridãodo pobre lugar.

O burro de vez em quando, raspava no chão, o vento carregava balidos de ovelhas. José caia de sono, não queria dormir e, de vez em quando, a chamava. Ela estava absorta no silêncio carregado de divino. Um diálogo íntimo discorria entre ela, a mãe, e Deus, o Pai...

E Jesus entrou no mundo: escuridão e vento, solidão e animais. O Criador dos sóis entrou através de um orifício do planeta, como o último filho de uma mulher, para que entre os nascidos ninguém pudesse se lamentar de uma sorte mais infeliz. Mas entrou também como o primeiro filho de uma mulher, recebido com o mais puro amor de mãe.

O Pai havia tirado todos os esplendores da paternidade divina para que se recolhesse inteiramente na ternura da maternidade humana. Naquele instante não teve cantos de anjos e estrondos de trovões, mas a carícia incomparável de Maria, filha predileta do Pai, mãezinha amável do filho.

Revista Mariápolis - Nov/Dez 2003

terça-feira, 22 de dezembro de 2009

Extra! Extra! Um menino nasceu!

E se houvesse um jornal na época do nascimento do Menino Jesus, o que ele noticiaria na primeira página?

O português, Pedro Gil, editor da newsletter O Carteiro, enviou um exemplar de um periódico imaginário sobre o assunto que conta, inclusive, com depoimento do Chefe da Liga Império e Laicidade da época – vê-se que os laicos e loucos não são invenção moderna…

Clique na imagem para ampliar:

Fonte: O Possível e o Extraordinário.

segunda-feira, 21 de dezembro de 2009

Convite


Recebi o convite abaixo e pediram-me para entregar pra você...
Vamos juntos à festa?

Convite


Maria e José de Nazaré convidam você e sua família para a festa do meu aniversário.

Data: 25 de dezembro
Local:
Seu Coração


Os participantes de minha festa
serão contemplados com um crédito infinito de graças para o ano 2010, podendo sacar diariamente,

sem limite de horário,
a soma de bençãos que necessitarem.
Favor confirmar sua presença
através de oração e da imitação
dos meus gestos.
Agradeço todo o esforço que você fará
na preparação espiritual de minha festa.

Abraços e Bençãos de


Jesus de Nazaré

Entregue aos seus amigos , quanto mais convidados , melhor !!!!
Feliz Natal, e Ano Novo...!!!

domingo, 20 de dezembro de 2009

João Batista

Que mistério novo e admirável! João Batista não nasceu ainda e já fala através dos seus saltos. Ainda não apareceu e já profere anúncios. Ainda não pode gritar e já se faz ouvir através dos seus actos. Ainda não começou a sua vida e já prega a Deus. Ainda não vê a luz e já aponta para o Sol. Ainda não foi dado ao mundo e já se apressa a agir como precursor. O Senhor está ali: ele não é capaz de se conter, não suporta os limites fixados pela natureza, esforça-se por romper a prisão do seio materno e procura dar a conhecer antecipadamente a vinda do Salvador.

São João Crisóstomo.

segunda-feira, 14 de dezembro de 2009

Aproveitemos o tempo do Advento

“É assim que ele anunciava ao povo a boa nova, e dirigia-lhe ainda muitas outras exortações.” (Lc 3, 18)

Alegremo-nos neste terceiro domingo do Advento pela proximidade da vinda do Senhor. São João Batista aparece mais uma vez, anunciando o evangelho e batizando na água em preparação e espera d’Aquele que batiza no fogo do Espírito Santo. João não pede aos que vinham arrependidos para serem batizados para que mudassem de profissão ou estado de vida, mas exortava a todos que fossem caridosos, dividindo o que tinham. Estas admoestações são para nós também; que sejamos santos na nossa vida cotidiana, como solteiros, casados ou celibatários, religiosos ou leigos. Que exerçamos nossa profissão – seja ela qual for – honestamente e que o trabalho seja uma forma de santificação. Aproveitemos o tempo do Advento para olharmos para nossos corações, abandonando todos os pecados e tudo aquilo em que estamos apegados. Estejamos preparados o Cristo Salvador que veio, vem e virá. (Lucas 3, 10-18)


RodrigoCastellani

sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Diplomacia Divina

"Se cada diplomata, no exercício de suas funções, for movido em seus atos pela caridade para com o outro país tanto quanto para com a própria pátria, será de tal modo iluminado pela ajuda de Deus, que concorrerá para estabelecer relações entre os países como as que devem existir entre os homens".

Quando alguém chora, devemos chorar com ele. E se sorri, alegrar-nos com ele. Assim, a cruz é dividida e carregada por muitos ombros, a alegria é multiplicada e compartilhada por muitos corações.

Fazer-se um com o próximo é um caminho, a estrada mestra para fazer-se um com Deus. Estrada mestra porque é nessa caridade que está a fusão dos dois primeiros e principais Mandamentos. Fazer-se um com o próximo, por amor de Jesus, com o amor de Jesus, até que o próximo, docemente ferido pelo amor de Deus em nós, queira fazer-se um conosco em comunhão recíproca de ajudas, de ideais, de projetos, de afetos. Até se estabelecerem entre os dois os elementos essenciais para que o Senhor possa dizer de nós:

“Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou em no meio deles” (Mateus 18,20). Ou seja, até nos garantir, no que depende de nós, a presença de Jesus, e caminhar na vida, sempre, como pequena Igreja em marcha, Igreja, mesmo estando em casa, na escola, na fábrica, no parlamento.

Caminhar na vida como os discípulos de Emaús, com aquele Terceiro entre nós, que dá valor divino a todo o nosso agir. Sendo assim, não somos nós, míseros e limitados, sozinhos e sofredores, que agimos na vida. Conosco caminha o Onipotente. E quem a Ele fica unido, produz muito fruto. De uma célula, outras células; de um tecido, outros tecidos.

Fazer-se um com o próximo naquele completo esquecimento de si existente em quem se lembra do outro, do próximo, sem se dar conta, nem se preocupar com isso. Esta é a diplomacia da caridade que tem da diplomacia comum muitas expressões e manifestações, e que por isso não diz tudo o que poderia dizer, porque o irmão não gostaria, nem seria do agrado de Deus; sabe esperar, sabe falar, atingir a meta. Divina diplomacia do Verbo que se faz carne para nos divinizar.

Ela, porém, tem um timbre essencial e característico, que a distingue daquela de que fala o mundo, para o qual, muitas vezes, diplomático é sinônimo de reticente ou até mesmo de falso.

A diplomacia divina tem isto de grande e de seu, talvez de somente seu: ela é movida pelo bem do outro, portanto, é isenta de qualquer sombra de egoísmo. Tal regra de vida deveria inspirar toda diplomacia. Isto, com Deus, é possível, pois Ele não é o Senhor dos indivíduos, mas Rei das nações e de todas as sociedades.

Se cada diplomata, no exercício de suas funções, for movido em seus atos pela caridade para com o outro país tanto quanto para com a própria pátria, será de tal modo iluminado pela ajuda de Deus, que concorrerá para estabelecer relações entre os países como as que devem existir entre os homens. A caridade é uma luz e guia, e quem é emissário têm todas as graças para ser um bom emissário.

Deus nos ajude e nós nos disponhamos para que e Senhor possa ver do Céu este espetáculo novo: o seu testamento realizado entre os povos.

A nós pode parecer um sonho: para Deus é a norma, a única que garante a paz no mundo e a valorização dos indivíduos na unidade daquela família humana que já conhece Jesus.

Chiara Lubich
(Ideal e Luz, p. 290 e 291)

domingo, 6 de dezembro de 2009

Preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.

“Como está escrito no livro das palavras do profeta Isaias: Uma voz clama no deserto: preparai o caminho do Senhor, endireitai as suas veredas.”
(Lc. 3, 4)

São João Batista, como o novo Elias, anuncia e prepara a vinda do Messias. Pregando o arrependimento e batizando, São João abre o caminho nos corações do povo de Israel para a mensagem de Jesus Cristo. Agora, enquanto esperamos Sua vinda gloriosa, a Igreja continua pregando o evangelho de Cristo a todos os povos para que nos convertamos e aguardemos a nova vinda de Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador.

Assim como João Batista, a Igreja é a voz que clama no deserto, num mundo cada vez mais secularizado que não quer ouvir ou é indiferente diante da voz de Deus. Mesmo na festa do Natal que se aproxima, grande parte das pessoas não sabem o que se comemora. O consumismo, o materialismo e o laicismo conseguiram descaracterizar o Natal, expulsaram Jesus ou O sufocaram entre luzes, símbolos sem sentidos e presentes. Que endireitemos os caminhos do nosso coração, retirando dele todas as barreiras que impedem a chegada de Jesus.