João, capítulo 3 versículos de 13 a 17.
“Assim como Moisés - diz Jesus - levantou a serpente no deserto, é preciso que o Filho do Homem seja levantado, para que todo aquele que o contemplar, seja salvo”.
Todos os judeus imaginaram um Messias exaltado, sonharam com um messias que levaria o seu povo aos píncaros da exaltação!
O messias foi realmente exaltado! Ele foi elevado, como Moisés outrora levantou a serpente no deserto, mas, de maneira irônica que só Deus podia inventar.
Foi levantado ao ser pregado numa cruz. Bem alto, à vista de todos, para que todos o pudessem contemplar.
Nos primeiros anos do cristianismo, não era de bom tom falar em cruz ou em crucifixão e os primeiros cristãos não usaram como símbolo o crucifixo. Usaram o peixe ou então a imagem do bom pastor.
Apenas mais tarde em 335 da nossa era, quando Constantino e sua mãe Helena construíram a grande basílica da Anástasis, isto é da ressurreição em Jerusalém, no local do calvário e do Santo Sepulcro, a cruz de instrumento infame, se transformou em instrumento de Glória.
Começou então a aparecer nas coroas e cedros dos reis e imperadores.
Jesus pregado na cruz, é a resposta de Deus a todos os nossos anseios, Jesus pregado na cruz quer ser o sinal sacramento de que Deus nos ama.
É preciso que toquemos com as mãos e de maneira bem concreta a profundidade do amor de Deus para com cada um de nós. Este toque, cada um de nós pode realizar colocando suas mãos hoje no crucificado.
Lá está Jesus permanentemente olhando para nós. De braços abertos, não rejeita ninguém, nem mesmo pessoas inoportunas. Não rejeita nenhum pecador.
A todos quer mostrar o quanto Deus nos ama. A todos quer trazer a salvação de Deus. É isto que nós hoje celebramos na liturgia da festa da exaltação da cruz. Festa do amor incomensurável de Jesus, festa da profundidade de seu mistério para conosco e festa de nossa salvação.
Padre Fernando J. C. Cardoso
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